Durante décadas, a História foi escrita sob a ótica masculina e pela classe hegemônica. O homem era a figura central. O sujeito universal. Vivia-se o antropocentrismo contemporâneo. Entretanto, a História começa a mudar a sua folha do tempo, a partir de 08 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, da Cidade de New York (EUA), fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de vida e de trabalho. Com isso, pagaram com a vida, a ” ousadia de enfrentar os poderosos daquela época”.

Em todo o transcurso da História, a mulher teve um papel de fundamental importância. Dezenas delas se notabilizaram por sua postura e firmeza, na luta por uma sociedade mais humana e mais igualitária. Entre tantas, podemos citar :
Anita Garibaldi – importante revolucionária do século XIX. Considerada Heroína dos dois continentes.

Margareth Thatcher – Primeira Ministra da Inglaterra. Comandou o destino daquele país, durante longos anos. Considerada como a Dama de Ferro.

Maria Curie – Cientista. Pioneira no estudo da radioatividade. Ganhadora de dois Prêmios Nobel.

Evita Peron – Lutou pelos direitos dos trabalhadores e da mulher.

Irmâ Dulce e Madre Teresa de Calcutá – Símbolos do amor ao próximo.

A lista seria grande para delinearmos as lutas de tantas mulheres e seus ideais r (evolucionários). Entretanto, gostaria de mencionar uma mulher em especial…JOSENITA DANTAS, com quem trabalhei durante anos na Escola Antonio Dias Cardoso. Revolucionariamente, peço a permissão da AMIGA e COLEGA DE PROFISSÃO, para delineá-la como: Uma mulher MEIGA e GUERREIRA; Uma mulher ÉTICA e PROFISSIONAL; MÃE e PROFESSORA. Uma MULHER QUE ESTEVE À FRENTE DE SEU TEMPO. Quantas vezes participamos de movimentos grevistas ? Quantas vezes estivemos lutando por nossos direitos ? Quantas vezes nos chamaram de Comunistas ? De Agitadores? É… companheira… alguns opressores ainda andam por aí… envernizados de uma democracia demagógica.

Hoje, você está aposentada. Eu continuo trabalhando na educação. E, confesso-te, ando meio desiludido. Não vejo saída para a melhoria da qualidade do Ensino Público.

Mas, à sua História, VOCÊ MESMA À ESCREVEU.

E, A ESCREVEU COM ÉTICA
COM MORAL
COM DIGNIDADE
COM COMPETÊNCIA

Lembrando-me da educação que recebestes de teus pais, só me resta dizer : ARBOR BONA FRUCTUS BONOS FACIT.
A boa árvore dá bons frutos.

Abraço Fraterno,

Aliomar Vasconcelos
Escritor e Professor