Lembro-me de quando viajava para o Recife, de manhã,
e retornava à noitinha.
O cheirinho de mato, o vento assanhando o meu cabelo,
eu, com o rosto pálido, olhando para as serras.
As árvores pareciam mulheres nos cumprimentando.
Eu tinha cabelo naquela época, era desintoxicado naquela época, sentia frio.
Com a cabeça na janela do ônibus, ninguém sabia que eu fazia poesia.
Sosigenes Bittencourt – Escritor vitoriense.
Você também é escritor, poeta ou compositor vitoriense? Envie o seu texto para ser publicado no fim de semana cultural. E-mail: contato@blogdopilako.com.br