OUTRAS PROCISSÕES – Outras procissões eram antigamente promovidas, festivas e solenes umas, outras apenas piedosas, algumas, excepcionalmente, de penitência e rogações.
As de maior imponência eram as das festas promovidas honra de Santo Antão, o padroeiro; de Nossa Senhora do Livramento e de Nossa Senhora do Rosário, nos respectivos templos, nos meses de janeiro, outubro e novembro, precedidas de novenários, sendo a do padroeiro a principal.
Por ocasião de longas estiagens ou de epidemias, realizavam-se procissões ou romarias de penitência ou rogação, acompanhando-as devotamente o povo, com os pés descalços, sem banda musical, apenas rezando e cantando, conduzindo quase sempre o andor com a imagem de São Sebastião, cujo valimento é inovado contra a peste e outras calamidades.
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Irmandades e procissões, tradições cristãs das mais puras e queridas do nossos antepassados, eis o que foram elas na antiga Santo Antão, depois Vitória, hoje e sempre Vitória de Santo Antão, síntese do sentimento cívico e religioso que presidiu à nossa formação e constitui a nossa fisionomia espiritual.
(REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – VOL. IV – 1968 – pág. 30 a 31).
“A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis, e me comparareis para que sejamos semelhantes? Gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante deles se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, o levam, e o põem no seu lugar; ali fica em pé, do seu lugar não se move; e, se alguém clama a ele, resposta nenhuma dá, nem livra alguém da sua tribulação. Lembrai-vos disto, e considerai; trazei-o à memória, ó prevaricadores.” Referência: Bíblia Sagrada, livro de Isaías, cap.46, vs. de 5 a 8.