Pitú: cachaça ou aguardente, não importa o bom mesmo é o efeito que ela faz.

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O assunto abordado a seguir não tem o objetivo de fazer apologia ao consumo de bebidas alcoólicas nem incentivar o uso de quaisquer substâncias que venham a trazer problemas sociais ou de saúde para o individuo. Sabe-se bem dos males que o uso de tais substâncias causa e o enfoque aqui dado é apenas histórico e informativo. 

Antes de falar da nossa cachaça PITÚ ou será aguardente? Vamos contar um pouco da história dessa bebida tão apreciada na nossa região e até fora do país como na Alemanha, Japão entre outros países.

A partir de 1530, no começo da colonização do Brasil, apareceram os primeiros esforços de produção açucareira. O processo de plantio e processamento da cana já era conhecido pelos Portugueses e condições climáticas favoreciam a instalação de unidades produtoras nas regiões litorâneas.

Na fabricação do açúcar, era realizada a colheita da cana e depois de feito o esmagamento do caule, o caldo era cozinhado em tachos até sua transformação em melaço.  Nesse processo de cozimento também era produzido um caldo mais grosso, chamado cagaça, que era comumente usado na alimentação de animais. A fermentação da cagaça pela ação do tempo e do clima produzia um produto líquido com alto teor alcoólico.  Dessa forma pode-se pensar que foram os animais de carga, dentre outros, que experimentaram pela primeira vez a cachaça, sabe-se também que macacos se embriagavam nas florestas africanas após comerem frutas fermentadas que colhiam no chão após sua queda. Outra curiosidade é a origem do termo pinga, para se referir à cachaça. Conta-se que o melaço envelhecido era misturado ao melaço fabricado no dia seguinte e o álcool presente evaporava e formavam gotas no teto do engenho. Na medida em que o líquido ia pingando os escravos experimentavam a bebida. Ainda nesse processo o álcool acabava por cair nas costas dos escravos, que por conta de punições e castigos físicos, sentiam um ardor nas costas criando assim a palavra “aguardente”. Essa seria uma possível explicação para o surgimento dessa bebida tipicamente brasileira.

A popularização desse “vinho de cana”, nos meados do século XVI , que era consumida apenas por escravos e nativos, possibilitou que os colonizadores substituíssem bebidas caras vindas da Europa pela cachaça popular e acessível.

A nossa Pitú, empresa fundada na cidade de Vitória de Santo Antão em 1938, pelos senhores Joel Cândido, Severino Ferrer de Morais e José Ferrer de Morais. No início fabricavam vinagre e bebidas de maracujá e genipapo, além do engarrafamento de aguardente.  Em 1948 com o crescimento da empresa criou-se o engarrafamento Pitú LTDA.

Hoje a empresa de bebidas fabrica além da aguardente, o vinho do Frei, catuaba Gavião e a Pitú Gold, que chegou ao mercado na comemoração dos 60 anos do grupo Pitú.

Mas voltando à pergunta de qual a diferença entre cachaça e aguardente sabe-se que: Aguardente é o nome dado a qualquer bebida obtida pela fermentação de vegetais doces. Cachaça, por sua vez, é o nome da aguardente de cana-de-açúcar. Assim, toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça. O bom mesmo é o efeito que ela faz. Mas não esqueça: beba com moderação. Senão…

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Franklin Ferreira
Professor de Química

4 pensou em “Pitú: cachaça ou aguardente, não importa o bom mesmo é o efeito que ela faz.

  1. Grande Franklin esta suposição que você citou foi a melhor dos fatores mais alquímicos que se baseiam sempre como no começo que a aguardente era Tupi e depois virou Pitu como hoje se deu em uma originaria e estandardizada a um efeito bioquímico que se chega-se nem sentirmos mais o gosto e sim a sua fervura nos lábios de quem a conhece e sabe bebe-la porque aguardente com tudo vira pitu e pitu é para quem quer despachar santos em uma alquimia mais sentimentalista. Parabéns pela sua descrição!

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