Altemar Dutra de Oliveira, nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 06 de outubro de 1940.
Músico autodidata, entrou num programa de calouros da Radio Difusora de Colatina, no Espírito Santo, onde vivia. Venceu o concurso e foi para o Rio de Janeiro aos 17 anos onde passou a trabalhar como crooner. Na cidade maravilhosa, Altemar cantou em boates e chegou a fugir do juizado de menores para não ter sua carreira interrompida.
Interpretando músicas como: Sentimental Demais, O Trovador, Brigas, Que queres tu de mim e várias outras, muitos desses sucessos de autoria de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, é quando Altemar destacou-se no bolero e recebeu carinhosamente o título do Rei do Bolero no Brasil.
Gravou seu primeiro LP pela Tiger, entre o final dos anos 50 e o início da década de 60, tendo como sucessos: Saudade que vem e Somente uma vez.
Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro Da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho do Trio Irakitan levou-o para a Odeon, onde foi contratato conseguindo os primeiros lugares nas paradas de sucesso com “Tudo De Mim” de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Tornando-se conhecido em todo Brasil.
Em 1964 gravou Que queres tu de mim, Somos Iguais, Sentimental Demais, e foi com a música Sentimental Demais que ele conquistou inúmeros fãs e o sucesso rendeu o apelido de “O Trovador”.
Dois anos antes de sua morte, o “Trovador” emplacou outro sucesso, Eu Nunca Mais vou te Esquecer, autoria de Moacir Franco que estourou em 1981.
Destacou-se também na América Latina, se apresentando em vários países. Devido ao enorme sucesso na America Latina, gravou o disco com parceria com o cantor chileno Lutcho Gatica considerado “El Rey Del Bolero”.
Cantando em Espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina.
A partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos Estados Unidos.
Apresentava um show para a comunidade Latino americana, no clube noturno “El Continente” em Nova York, quando faleceu aos 43 anos, de derrame cerebral, no dia 09 de novembro de 1983.
Foi casado com a cantora Marta Mendonça, tendo dois filhos, Deusa Dutra e Altemar Dutra Junior, esse também cantor.
“Mais a música que eu gostaria de ser lembrado daqui a 30, 60 ou 100 anos é Brigas”.
BRIGAS – Altemar Dutra
Veja só
Que tolice nós dois
Brigarmos tanto assim
Se depois
Vamos nós a sorrir
Trocar de bem no fim
Para que maltratarmos o amor
O amor não se maltrata não
Para que se essa gente o que quer
É ver nossa separação
Brigo eu
Você briga também
Por coisas tão banais
E o amor
Em momentos assim
Morre um pouquinho mais
E ao morrer então é que se vê
Que quem morreu fui eu e foi você
Pois sem amor
Estamos sós
Morremos nós
Leo dos Monges