Por ocasião do apagão de ontem (28) ocorrido em todos os estados do Nordeste, à exceção do Maranhão, nossa cidade, Vitória de Santo Antão, viveu um uma tarde atípica para os dias atuais.
Por volta das 5 da tarde, horário normalmente de grande movimentação cartesiana nas ruas centrais, viveu ontem, um dia, aparentemente, de Torre de Babel.
Estive a circular pelo coração da cidade por algum tempo. Sem energia nas tomadas e interruptores dos mais de trinta mil domicílios (residenciais e comerciais) vitorienses, tivemos a sensação que o mundo estava parado, ou seja, ficamos ilhados.
Conversando com os “meus botões”, lembrei que a energia elétrica só havia sido introduzida em nossa cidade no inicio do século passado (15 de novembro de 1922). Antes, nossa pólis convivia harmoniosamente e até, para os mais saudosistas, romanticamente com os famosos candeeiros com querosenes em lampiões envidraçados pendurados nas esquinas. As famílias, financeiramente mais abastadas, utilizavam em suas residências peças mais requintadas de bronze com até quatro bicos de luz. Os que não tinham posses faziam uso dos populares alcoviteiros. As noites de lua cheia eram comemorada por todos nativos como muita festa e liberdade.
Os livros que contam à história dos nossos antepassados, falam da dificuldade de se iluminar a cidade em 1859, por ocasião da visita da comitiva do Imperador Dom Pedro II, onde fez-se necessário se encomendar novas peças de candieiro à funileiros da Capital.
A Vitória de antigamente adormecia mais cedo, consequentemente pulava da cama junto com os primeiros sinais de vida dos galos. O tempo mudou, hoje estamos dormindo e acordando mais tarde, temos à nossa disposição tudo que é de mais moderno para adiantar nossos afazeres mas, em compensação, não encontramos mais tempo para nada, basta, duas horinhas sem energia elétrica para caímos na real, que estamos, por conta da modernidade, relativamente robotizados.
COMO ERA LINDA A MINHA CIDADE!!!!; SERIA BOM SABER A DATA QUE FOI REGISTRADO ESTA IMAGEM.