Momento Cultural: ROSEIRA DE MINHA MÃE – Por Célio Meira

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Faz tantos anos… minha mãe velhinha,
no jardim a plantar lindas roseiras:
La France… Paul Meron… rosa amarela…
Rosa alemã… rosa marfim…
Mas, de todas, a mais alta, a mais bela,
era a roseira Amélia do caramanchão,
que lhe enchia de perfume o rosto delicado,
que lhe roubava todo o coração.

Ela ensinou-me a rezar,
e a bendizer as roseiras.
Quando ela morreu, fiz da rosa Amélia,
– Sorriso de Maria da graça de uma flor
– lembrança de um materno coração
A perfumada flor de meu brazão

Roseira Amélia… rosa Amélia,
traçaste minha sina… meu destino.
És meu emblema… és o meu escudo.
As roseiras plantadas pelas mães,
não ferem as mãos dos filhos,
porque os seus espinhos,
são espinhos macios de veludo…

de MIGALHAS DE POESIA

Célio Meira

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