Ternas mães que estreitais ao quente seio
um filho idolatrado,
eu vos contemplo da saudade em meio
lembrando o meu passado.
Tu que possuis, feliz, para aquecer-te
os carinhos de mãe,
com ela te oculta onde não chega a ver-te
o olhar de quem não tem.
Abraça-te a esse ser que é teu tesouro,
dissolve-te em carícias,
e não troques, jamais, essas delícias,
pelo mais fino ouro.
Mas, em meio de tanta felicidade,
viva sempre a lembrança
desses tristes que vivem na orfandade,
sem luz, sem esperança.
Arquivo da Família.