Comentário postado na matéria “Não sejamos tolos, a Praça Leão Coroado, faz tempo que está destruída…“.

Ao prezado amigo Pilako
(Conselheiro blogueiro da ABLOGPE, empresário, ‘Samir Abuana vitoriense’, etc…)

Ontem estive com os amigos Marcelo Santos e Aristides Félix presenciando o abuso do poder público municipal. A edilidade vitoriense é extreme arrogante quando da derrubada de árvores centenárias dum logradouro histórico – a praça Leão Coroado.

Veja, verbi gratia, o texto do companheiro advogado Aristídes onde foi feliz ao destacar pontos importantes e chamarmos a reflexão ampla sobre a letargia de nossa sociedade…

Pertinente é o poema de BRECHT in O ANALFABETO POLÍTICO, vejamos:

“O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”

Vamos discutir os desmandos e abusos do poder público; vamos mais como advogados impetrar Ação Popular e mostrarmos que estamos diuturnos na defesa e preservação do nosso rico patrimônio!

Estive por vezes denunciando e embargando (como já destacados e noticiados pelo seu Blog do Pilako) os excessos e abusos conquanto do dilapidação e espoliação de logradouros públicos de loteamentos, onde praças, eram distribuídas e divididas por pessoas inescrupulosas vinculadas ao poder público.

Ainda, peço venia para discordar que a praça já estava destruída; creio que ela, mesmo precisando de reformas, era o cenário e ajudava aos comerciantes, aos transeuntes, autônomos (lavadores, sapateiros…), e como foi feita a derrubada de árvores – diga-se centenárias – foi um absurdo!

Digo assim por algumas razões:

1. Onde está (se existe) o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente – RIMA?

2. Está onde (se existe) um estudo de Impacto de Vizinhança?

3. A população local foi ouvida e houve Audiência pública e como queria esta reforma; queriam a derrubada das árvores centenárias?

4. E os custos dessa devastarão e ‘reforma’?

5. E para as pessoas que ali trabalhavam, o que vão fazer?

Bem, para não ser prolixo em questionários quanto tantos outros bastem, fico triste e temos que nos mobilizarmos para coibir abusos.

JAIRO MEDEIROS
Advogado