É a torre branca a doce moradia
dos dois mimosos sinos da capela;
desse casal, que em dúlcida harmonia,
canta, numa só vez, a Maristela!…
dentro dessa ilusão, que é toda bela,
dos sinos, em mimosa sinfonia,
choram, também, no dobre, que revela
que a tristeza anda ao lado da alegria.
Nessa união, é bem onde nós vemos
o retrato fiel do que seremos
quando nos amarrarem nós divinos:
quando eu sorrir, contente, sorrirás,
e se eu chorar, também tu chorarás…
Os nossos corações são como os sinos.
(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 9).