Bruno é um gato saltando sobre uma bola,
mas um leão sobre sua presa.
Elisa era uma graça erótica,
mas uma peregrina da própria desgraça.
Bruno ganhava 200 mil reais para pegar bola,
e Eliza, 200 reais para dar bola.
Bruno deve ser rubro-negro, Eliza ficou rubra e negra.
Bruno e Eliza só eram iguais na “auri sacra fames”
(sede amaldiçoada pelo ouro).
Bruno engravidou Eliza, e Eliza engravidou de Bruno,
para a gravidade de ambos.
Bruno era sedento por carne humana,
Eliza foi sua carniça.
Bruno não cria na Justiça, esqueceu a mídia.
Bruno era livre como o Maracanã, anda numa cela.
Bruno seria sádico, Eliza, masoquista,
diria a Psicologia.
Bruno fez-se assassino, Eliza prestou-se ao crime,
diria a Vitimologia.
Bruno ganhava dinheiro que não cabia no cérebro,
Eliza não tinha cabeça.
Bruno sonha com Eliza, Eliza é um sonho.
Neném triturou Eliza, “enfant terrible”.
Nesse momento, há Elizas dormindo
com os seus Brunos assassinos.
The End
Sosígenes Bittencourt