A rigor, hoje (02) é o “último” dia de campanha eleitoral. Com exceção do trágico fato que vitimou o candidato a presidência, Eduardo Campos, no dia 13 de agosto, forçando assim a entrada da sua vice, Marina Silva, na disputa, podemos dizer que campanha nacional, de maneira geral, não empolgou o grande eleitorado brasileiro.
Em Pernambuco, a polarização entre Armando e Paulo era previsível desde o inicio da pré-campanha. Podemos dizer que a principal disputa dos dois candidatos mais bem posicionados, pelo Palácio do Campo das Princesas, foi travada na estrutura. De um lado, o postulante mais preparado com um time menor, do outro, um candidato de “laboratório” montado em uma super estrutura. No mais, nada de novo, nada de extraordinário que fizesse o eleitorado se apaixonar pelo pleito.
Já em nossa cidade, Vitória de Santo Antão, onde, quase sempre, as eleições são marcadas por disputas acirradas, a campanha dos candidatos a deputados “da terra”, podemos dizer, foram insossas.
Os candidatos à Câmara Federal, Ternurinha e Wilson da Prestação, apesar dos esforços, não conseguiram dar visibilidade às suas respectivas campanhas nas ruas. o candidato Wilson da Prestação chegou até ser destacado no programa de um grande meio de comunicação.
Na esteira dos candidatos ideológicos, Carlos Alberto e André Carvalho, ambos, candidatos a deputado estadual por partidos com de ideias mais definidas (PV e PSOL), fizeram o dever de casa bem. Mesmo sem estrutura de campanhas, foram para as ruas e passaram suas respectivas mensagens.
Dentro das chamadas candidaturas profissionais, onde os postulantes tem a obrigação de vencer, o que se viu, nesta campanha (2014), foi uma espécie de reprise invertida, ou seja, a candidatura que foi “abençoado” pela máquina pública municipal , nesta campanha, “espremeu” os outros postulantes que, em um passado recente, quando tinham o controle da prefeitura, se utilizaram das mesmas “armas” para inflar sua votação e subtrair cabos eleitorais dos adversários.
Traduzindo para um português claro, poderíamos dizer o seguinte: o veterano, Henrique Queiroz, na eleição passada (2010), se socorrendo do “apoio” do prefeito Elias Lira fez vários eventos de campanha consistentes. Este ano, fora da “sombrinha” da prefeitura, realizou, na nossa cidade, uma campanha “invisível”, ou seja, preferiu voltar ao seu velho modelo de campanha, investir mais em outras cidades onde o voto sai mais “barato”.
Já o deputado Aglailson Junior, literalmente, foi abandonado pelos seus AMIGOS DE FÉ. Concorrendo ao seu quarto mandato para deputado, poderíamos dizer, sem sombra de dúvidas, que, em se tratando da sua principal base eleitoral – Vitória- esta foi a campanha mais difícil.
Nas campanhas de 2002 e de 2006, em Vitória, vale lembrar que o deputado Aglailson Junior tinha a máquina pública municipal “moendo” em seu favor. Naquela ocasião, junto com seu pai, introduziu, nos seus atos de campanhas, a chamada “lista de presença”, onde os funcionários contratados da prefeitura eram obrigados a vestir a camisa da militância e caminhar longas distâncias pelas vias públicas e ainda de quebra: “entusiasmados”
Muito dos cabos eleitorais, tanto daqui quanto das outras cidades, foram “acomodados nos espaços” da prefeitura, ou seja, “era mesmo que dá tapa em bebo”. Pois bem, passado o tempo das vacas gordas, a campanha do “gordo”, este ano em Vitória, se resumiu a um comício e uma carreata. Como diz a canção do Rei Roberto Carlos: “VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS.”
O candidato Joaquim Lira, que até pouco tempo atrás dizia que não queria negócio com política, como também, seu pai, Elias Lira, sempre que tinha oportunidade “confidenciava” para os amigos que, com as graças de Deus, seu filho NÃO GOSTAVA DE POLÍTICA, realizou uma campanha, tanto aqui – Vitória – quanto nos outros municípios, COM BASTANTE FARTURA E ABUNDÂNCIA.
Para não me alongar mais, poderia dizer que a campanha do Joaquim – aquela que diz: RUMO AO NOVO – está sendo realizada nos MESMOS MODAIS da campanha do filho do então prefeito José Aglailson, lá no anos 2002.
Vale apena lembrar também, que muitos dos que hoje estão vestindo a camisa – amarela – da candidatura do filho do prefeito, Joaquim Lira, no passado, também vestiram a camisa – vermelha- do CANDIDATO, filho do então prefeito José Aglailson (2002), ou seja, com algumas exceções, NÃO é uma questão de “amor”, “simpatia” ou “confiança” hipotecada aos candidatos, ora apresentados, e sim, uma conveniência, um gesto, uma dependência para com quem está de PLATÃO no comando da prefeitura.
E para encerrar esta linhas, gostaria de dizer aos eleitores dos “filhos da máquina”, que quem hoje reclamam da atuação do deputado Aglailson Junior, no que diz respeito às melhorias para nossa cidade, após três legislaturas, certamente, em um futuro não muito distante, também irá repudiar à atuação do atual postulante, “filho da máquina”, isso porque, entre um e outro, existe a INFELIZ CONICIDÊNCIA, são políticos de chocadeira, alçados à condição de lideranças para ser seus representantes legais.
E para retratar, de maneira engraçada o que disse vou relembrar uma peça publicitária da Vodka ORLOFF que fez muito sucesso na televisão da década de 1980, onde a frase emblemática do comercial dizia: QUEM É VC ? EU ?, EU SOU VOCÊ MANHÃ. VEJA O VÍDEO: