Aconteceu mais uma emergência em uma das ruas atingidas pela feira livre. Dessa vez a senhora Nair Eustáquio, moradora da atual Rua Professora Lenira Santos (antiga Rua Dias Cardoso), precisou de atendimento médico emergencial e o SAMU foi acionado. Os familiares dela passaram por momentos de muita tensão, pois além da preocupação com o socorro de um ente querido, a situação ainda ficou mais agravada com o bloqueio das ruas que dão acesso às residências dos moradores. Isso ocorreu na manhã do sábado (22.11), com as ruas totalmente indisponíveis para tráfego. Num primeiro momento, ainda houve a tentativa de afastar os bancos e mercadorias para que a ambulância pudesse entrar até o local. Diante da resistência de alguns feirantes e também para não atrasar ainda mais o atendimento, a ambulância ficou estacionada distante. Sem opção, os socorristas a removeram até o local onde foi possível estacionar o veículo, através da feira em pleno horário de pico, com as ruas repletas de bancos, mercadorias, feirantes e consumidores. Era visível o constrangimento e a angústia dos familiares com toda essa situação. Infelizmente a senhora Nair faleceu dois dias depois. Há algum tempo estava com a saúde bastante debilitada e, por diversas vezes, os serviços de emergências foram chamados para socorrê-la. Mas foi a primeira vez que isso aconteceu ao sábado e ela não resistiu. Vale salientar que a equipe do SAMU foi muito eficiente e, apesar de toda essa adversidade, não mediu esforços para estabilizá-la. Tudo isso só confirma o parecer do Corpo de Bombeiros na Promotoria local, em 04.06.2013, que alertou para a total insegurança da feira e que todos os atingidos por ela estão em risco constante. Numa situação emergencial, a rapidez no atendimento é fundamental para o sucesso do mesmo. Qualquer obstáculo que atrase o socorro, como ruas bloqueadas por exemplo, pode contribuir para um desfecho trágico. As autoridades municipais já foram alertadas sobre esse perigo e até o momento nada fizeram. A verdade é que vivemos sobre um campo minado, com o perigo iminente de explodir. Enquanto em Vitória esse problema é ignorado pela Prefeitura, outras cidades do interior de Pernambuco enfrentaram essa questão e transferiram suas feiras para áreas apropriadas. Onde isso aconteceu, além de um comércio popular organizado e estruturado, a questão mobilidade melhorou sensivelmente. Talvez muitos não saibam, mas esse assunto está na Justiça. Após várias reivindicações da Promotoria ignoradas pela Prefeitura, o Ministério Público ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Município. Qualquer cidadão pode consultar o processo, acessando o site www.tjpe.jus.br, clicar em processos de primeiro grau/consultar e informar o número 2387-35.2014.8.17.1590. Esperamos que o Poder Judiciário atue concretamente para reverter essa situação.
Rogério Albuquerque
Que esta feira já deveria ter saído todo mundo esta ciente, mas eu gostaria que as pessoas compreendessem a situação dos comerciantes que ali trabalham. Se alguém souber de algum lugar para que esta feira fosse transferia que se manifeste, na minha opinião o melhor lugar seria o final da avenida, e que lá fosse algo realmente planejado com estrutura para acomodar todos os feirantes da rua da Águia e transferir também os da praça da bandeira.
RESOLVER A SITUAÇÃO NÃO DÁ VOTOS. Só fazer praças e asfaltar ruas. Portanto nem esperem que a prefeitura na pessoa do Elias Lira ou seus sucessores façam algo de efetivo.