Hoje olho para ti e não o reconheço
A tua face sempre firme e impávida
Se faz agora como a de tantos outros
Erigido antes em um firme rochedo
Reformaste o que perfeito estava
Hoje assentado em solo pantanoso
Vejo a lama invadindo a tua casa
Sem olfato inalas toda a podridão
Cego não enxergas tanta imundice
Grito teu socorro mas não escutas
Não quero teu horroroso presente
E fujo em direção ao teu passado
Pois é lá que encontro meu futuro
João do Livramento.