Na manhã de hoje (20) assisti uma reportagem na Rede Globo, no jornal matinal Bom dia Brasil, que falava de uma polêmica envolvendo vários museus famosos no mundo. A peleja reside justamente na proibição da utilização, pelos frequentadores e turistas, do famoso “PAU DE SELF”. Segundo os responsáveis pelos museus, mundo a fora, a manipulação desta ferramenta dentro dos espaços de preservação poderá danificar peças valiosas.
Muito bem, sem querer entrar no “olho do furacão” da polêmica, no que diz respeito à tal proibição, gostaria de dizer que, após traçar um paralelo com algumas invenções da humanidade, lá no tempo da pré-história, poderíamos concluir que o moderno invento do “pau de self” não deixa de ser uma repetição da vontade do homem, já expressada por imperativa necessidade da sobrevivência.
Lá atrás, e bote lá atrás nisso, o homem precisava travar brigas constantes com verdadeiras feras (mamutes, por exemplo) para poder se alimentar e continuar sua saga na construção da história da humanidade. Neste período, que os historiadores chamam de PALEOLÍTICO ou Pedra Lascada, ocorrido há 2,5 milhões de anos a.c., surgiram as primeiras invenções da história.
Destacando-se como “animal” mais inteligente, o homem desta época, nômades por natureza, se alimentava apenas da caça. Para poder se tornar mais fortes, na luta pela sobrevivência, o homem começou a inventar ferramentas que lhe proporcionava mais poder na luta contra os outros animais (sua caça), ou seja, com o advento dos artefatos com pedra lascada e depois com as lanças, em um período já mais avançado, o homem entendeu que poderia “aumentar” o tamanho dos seus braços, e que portanto, poderia atingir a sua caça com menos risco de ser contra-atacado por ela.
Pois bem, passado todo este tempo… e bote tempo nisso… o homem contemporâneo, em função do surgimento da self – foto de si mesmo ou autorretrato – inventou o “pau de self “, na tentativa, tal qual o homem pré-histórico, de alongar seus braços.
Nestas duas invenções do homem (lança e “pau de self” ), em períodos bem distintos da história da humanidade, fica bem evidenciado que o homem não mudou no que diz respeito ao instinto da sobrevivência, ou seja: lá atrás, a invenção do homem foi para continuar vivo, hoje, a invenção tem por objetivo manter-se vivo após a morte, mesmo que seja, apenas por uma fotografia inesquecível.
Adorei o artigo