A grande maioria das famílias brasileiras confundem, educação com escolarização, quando na verdade a escolarização é apenas uma parte do processo de educação, onde aprende-se as matérias curriculares. Já a educação, é a formação como um todo de cada indivíduo, ou seja, “formação cultural; social; financeira; religiosa; alimentar e moral”. E que deve começar no convívio familiar desde os primeiros anos de vida. Porém não é isso que temos acompanhado nas famílias. Hoje as crianças vão para as “escolinhas” cada vez mais cedo, achando os pais que isso é benéfico para a criança, mas estudos indicam que as crianças de até 5 anos, devem estar em contato direto com as mães, e que, esta separação precoce, tem gerado reflexos que possivelmente são a causa de tantos jovens “inseguros”. Por outro lado os pais tem negligenciado a educação de seus filhos. Sem a autoridade dos pais e regras a cumprir, as crianças por exemplo, comem o que querem, a hora que querem e onde querem, além de serem deseducados pela mídia, aja vista que uma criança de 5 anos quando chega à escola, já tem assistido mais de 6 mil horas de TV, com programação totalmente inadequada para a sua faixa etária. Pois bem, essas crianças quando chegam na escola, encontram “regras e normas” que devem ser seguidas e pelo fato de não as trazerem como hábito doméstico, não querem cumpri-las, e a escola passa a ser um “obstáculo” em suas vidas, personificado na figura do professor, que muitas vezes chega a ser agredido. Muito se comenta a respeito da obrigação do poder público na educação das nossas crianças e adolescentes, o que é uma reinvindicação legítima, porém, a família não pode se furtar de suas tarefas, que são básicas para a construção de um ser humano com senso de: respeito, deveres, obrigações e por fim direitos. Mas o que vemos é uma retórica em cima dos “direitos da criança e do adolescente”. E não apregoam-se os conceitos de respeito, deveres e obrigações, que devem vir antes de tudo. Precisamos desfazer esse mal entendido urgentemente, caso contrário, continuaremos nesse perigoso equívoco social que nos encontramos hoje, pois basta um olhar atento, para que se identifique o “flagelo sociocultural”, que é infligido a essa geração por nós, que somos seus tutores. Logo se refletirmos um pouco, iremos compreender o fato de que eles serão os tutores da nossa velhice. Por fim encerro com esta frase para sua reflexão, pensem nisso!
“O mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos,
depende muito dos filhos que vamos deixar para o mundo.”
João do Livramento.