O MAR:
Disse o Mar à Fonte amiga:
– sou forte, belo e profundo,
as minhas águas dominam
quase três partes do mundo.
Garanto a vida, o progresso
as dezenas de nações;
nestas águas, faz-se a guerra
ao ribombar dos canhões.
A FONTE:
Sei de tudo, Mar bravio,
por toda parte fulguras,
mas estas águas não matam
a sede das criaturas.
Célio Meira
(Do livro: ANTOLOGIA DA POESIA VITORIENSE – Júlio Siqueira – 1843-1993 ANO DO SESQUICENTENÁRIO DA VITÓRIA – PÁG 53)