AURORA E EU, EU E AURORA

Numa tarde ensolarada de Domingo,

num fundo de quintal, eu encontrei Aurora.

Aurora veio tão brilhante e jovial

que parecia o dia amanhecendo.

Aurora é de 19 de julho, e eu também,

dois cancerianos doidos pela vida,

dois cancerianos se apaparicando.

As pessoas maltratam demais o destino,

maldizem da sorte,

deixam de viver, pensando na morte.

Aurora tem um cheiro forte, de carnadura festival,

tépida e fresca como uma tarde estival.

Como eu gostaria de me casar com uma menina chamada Aurora, para ficar, o tempo todo, cantarolando: Aurora… Aurora… Aurora…

Depois desse dia, todo dia seria claro,

toda hora seria Aurora.

E Aurora passaria a ser o meu quebra-luz,

um vagalume, alumiando minhas noites primaveris.

Talvez, eu ficasse bestinha

e nunca mais saísse de casa.

Sosígenes Bittencourt

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *