O conceito de história, enquanto ciência, ao longo do tempo, sofreu inúmeras transformações. Ainda existe o arcaico conceito, na cabeça da maioria das pessoas, que a história só veio a existir depois da invenção da escrita. Na verdade a história existe desde que o homem pisou no nosso solo terrestre, de forma ereta ou não.
Já em outro tempo, à história que “interessava” era a dos vencedores, dos fortes e conquistadores. Nos primeiros ensinamentos escolares, aprendemos poucas coisas, ou quase nada, sobre à vida dos derrotados, dos fracos e eliminados, como se os mesmos não tivessem importância alguma na construção da sociedade que vivenciamos nos dias atuais.
A visão moderna da historiografia nos remete ao estudo do contexto em que os fatos ocorreram, os cenários em que a vida transcorria e, na medida do possível, na importância dos atores envolvidos, inclusive dos que aparentemente serviram apenas de “figurantes”.
Na medida do possível e com os recursos que disponho, tento reproduzir, aqui pelo blog, um pouco da história da nossa Vitória de Santo Antão. Ora revivendo o passado, ora registrando cenas do cotidiano, para que as mesmas, no futuro, sirvam de instrumento de pesquisas às gerações vindouras.
Outro dia, encontrei um grupo de pessoas amigas, no Centro Comercial, entre elas o popular “olho de Pires”, falando sobre acontecimentos políticos do passado. A conversa girava entorno da primeira eleição para prefeito de Doutor Ivo. Sobre esse pleito, o amigo “olho de Pires”, de maneira empolgada, bem ao seu estilo, relembrou músicas que alimentou a “rinha” dos eleitores nesse pleito. Veja o vídeo:
Portanto, como já falei, o verdadeiro estudo da história requer muito mais do que aquilo que está escrito. A visão de cada um que vivenciou um determinado fato, em um dado momento, não deixa de ser uma “ferramenta” importante para ampliar a construção da memória histórica, ou seja: TODOS NÓS TEMOS UM POUCO DE HISTORIADOR.
Tudo verdade. Olho de Pires era menino, no tempo de eu menino. Cara Dura era Otácio de Lemos, e Dr. Ivo era de Limoeiro. A história pode ser contada sempre que houver alguém que a vivenciou e pronto para contá-la.
Pingback: Prof. Sosígenes Bittencourt comenta no blog | Blog do Pilako
História viva e contada por quem a vivenciou. Não importa a óptica. Os fatos podem ser interpretados de várias maneiras , mas a narração, os personagens e as datas são as referências. As interpretações estão sujeitas a tantos fatores que o espaço aqui é pequeno para citá-los. Parabens Pilako, assim se faz história. Não sei quem é melhor, se você ou Olho de Pires.
Pingback: Prof. Pedro Ferrer comenta no blog | Blog do Pilako