Escancaro a janela de meus sonhos
E me debruço sobre o mundo, rindo,
Ao ver que até nos pantanais medonhos
Estrelas se refletem, traduzindo
A presença de Deus em tudo… Brindo
Então, com meus cantares mais risonhos,
O esplendor dessa lua que, surgindo
Enche de luz recantos tão tristonhos…
E já nem sei onde demore a vista:
Se no infinito azul, em que artista
Faz das estrelas trono da beleza,
Ou se na terra, mares e montanhas,
Rios, vales, florestas… Que tamanhas
Maravilhas pôs Deus na Natureza!
Agosto de 1972