(Ante um quadro da Virgem que estreitando ao colo o Divino Filho, fita, súplice, os céus.)
És a Mãe da eterna Aurora.
Nem precisavas Senhora,
Erguer os olhos aos céus.
Que as outras mães façam isto…
Mas, tu, Mãe de Jesus Cristo,
Que queres desses espaços
Para teu filho? – Ele é Deus.
E tu, Mãe Imaculada.
Tendo em teus braços, Jesus,
Embalas a própria Luz
Do amor envolta nos véus.
Baixa os Olhos, Mãe amada,
Sobre a terra, o pecador…
Diz a teu Filho adorado
Que nos livre do pecado!
Salve, ó Mãe do Puro Amor!
1971
(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 38).