CPI das Faculdades: “quem manda são os motoristas dos ônibus”.

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No Diário de Pernambuco do último domingo (18), no caderno de política b-4, fiquei sabendo que os deputados estaduais, Rodrigo Novaes (PSD) e Tereza Leitão (PT),  requereram, em 29 de setembro (2015),  abertura de uma  CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – para investigar a atuação de dezenas de faculdades, em vários município do Estado. O motivo, segundo a matéria, é que alunos e professores estariam sendo lesados.

Muito bem, com relação às atividades e funcionamento das várias faculdades espalhadas pelo interior do nosso Estado, não posso dizer muita coisa, isso porque não conheço detalhes da vida orgânica dessas instituições, muito menos dos motivos pelos quais foi deflagrada à instalação da referida Comissão Parlamentar de Inquérito na ALEPE.

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Porém, gostaria de dizer que, se os deputados, ao final das investigações, conseguirem resolver apenas o problema do não cumprimento da carga horária diária das faculdades,  já terá, por si só, justificado a instalação da referida CPI.

Aqui em Vitória, por exemplo, não posso falar da rotina do funcionamento do CAV e do IFPE, pois não tenho informações suficiente para tal. Mas, já com relação ao horário das aulas noturnas, que acontecem nas unidades de ensino, FACOL e FAINTVISA, posso. Da FACOL, conheço alunos e professores e já comentamos sobre esses e outros  assuntos. Da   FAINTVISA, falo com conhecimento de causa, isso porque, sou um dos alunos matriculados.

Pois bem, o problema é o seguinte: o aluno paga para assistir três horas aula, da segunda à sexta, das 19hs às 22h, perfazendo um total quinze horas aula por semana. Na prática, o que acontece é que as aulas, invariavelmente, só começam a partir das 19:30hs e terminam às 21:30h, (raramente as 21:40h ou 21:45h), ou seja: todos os dias, mais ou menos, UM TERÇO da carga horária,  paga pelos alunos, “Toma DORIL”.

É bem verdade, que boa parcela dos alunos – ainda com a cabeça no ensino fundamental – acham  até  “bom” quando as aulas ficam mais curtas, ou então  quando as mesmas  nem  acontecem. A desculpa “esfarrapada e fajuta”, que circula nos corredores das referidas instituições, é que os motoristas dos ônibus são implacáveis, ou seja: “SÃO OS DONOS DA BOLA

Como  justificativa, para o não cumprimento do horário correto das aulas, gostaria apenas de fazer uma pergunta: num seria, então, um desperdício financeiro para os donos das faculdades contratar gestores e coordenadores (Mestres – Doutores) com altos salários para gerir a vida orgânica da entidade, uma vez que o turno do funcionamento será determinado pelos “motoristas de ônibus“, que muitas vezes nem ultrapassam os muros da faculdade?

3 pensou em “CPI das Faculdades: “quem manda são os motoristas dos ônibus”.

  1. pois é pilako sou um grande fã seu e leitor constatemente do seu blog isso acontece muito com todos os ônibus, inclusive os da zona rural os da cidade saem cedo demais para as aulas 18:10 18:15 no maximo e saem as 21:30 ou 21:45 como voce ja tinha comentado .

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