No início da noite do domingo (01), véspera do feriado de finados, fizemos, na Praça Dom Luis de Brito, um pequeno vídeo com o professor, pensador e poeta vitoriense, Sosígenes Bittencourt, onde o mesmo relembra um fato, ocorrido no portão do Cemitério. Veja o vídeo:
Rezei mais de um mistério
quando pensava na vida
que a diferença da vida
pra morte é um caso sério.
Olhando pro cemitério,
com suas portas fechadas,
cruz pendida, cruz quebrada
catacumba velha e nova,
tudo isso é dando prova
de que a vida não vale nada.
Na frase de Voltaire…Sosígenes Bittencourt “Se fosse não existisse precisaria ser inventado” . Deixo um poema do Lord Byron.
Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio
Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.
Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie e terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus.
Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora e;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?
Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.
E por que não? Se as fontes geram tal tristeza
Através da existência-curto dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.
Lord Byron