Li no Diário de Pernambuco do último domingo (10), uma reportagem sobre a cidade de Ouricuri. O conteúdo da matéria, entre outras coisas, fez referência ao esquecimento, pela memória histórica do município, dos chamados Voluntários da Pátria. É bom que se diga que de lá (Ouricuri) saiu um expressivo grupo (408 homens) de voluntários para lutar na Guerra do Paraguai. Na nossa cidade a maior referência neste fato histórico é Mariana Amália.
Pois bem, não obstante o pórtico da cidade sertaneja fazer alusão ao episódio, a população nativa permanece alheia ao feito de seus filhos que de maneira voluntária serviram à Pátria, naquela ocasião. Um trabalho de conscientização, doravante, deverá começar ser feito por lá, segundo informações do jornal.
Na nossa cidade, sobre a Guerra do Paraguai, o nome de Mariana Amália é a maior referência. Além de emprestar o nome à mais importante artéria da cidade e a um colégio municipal tem seu busto exposto na via que leva seu nome, graças, é bom que se diga, ao fundador da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – Melshesedec que custeou o monumento com recurso próprio.
Sobre a memória histórica de Mariana Amália na cidade deve-se, portanto, realçar a importância do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória nesse contexto. O Instituto, entre outras coisas, mantém viva as coisas importantes da cidade e se configura, sem sombra de duvidas, NO MAIOR PROJETO CULTURAL DA CIDADE.
O Mestre Aragão, que foi um dos fundadores da instituição e que presidiu a casa por trinta e sete anos, confidenciava aos amigos próximos seu temor em ver o IHGV nas mãos da Prefeitura (políticos). Dizia ele: “a política nada constrói”. Portanto, numericamente, o feito da cidade de Ouricuri – montar um grupo de 408 homens – foi bem maior que o nosso, mas, no que diz respeito à preservação da memória histórica, conseguimos ser melhores e maiores.
Parabens !Pela Reportagem !