A expressão “no fundo do poço” pode ser aplicada nas mais variadas situações. Há quem afirme que é de lá – fundo do poço – que o sujeito consegue dialogar verdadeiramente consigo mesmo. Na ceara da política, sobretudo no submundo dos políticos, o “fundo do poço” parece ser um lugar que não existe, pois todos os dias eles estão conseguindo cavar mais e mais e, nessa lamentável operação, conseguindo se superar.
Falando dos poderes constituídos do nosso Brasil – Legislativo, Executivo e Judiciário – sabemos que já foram piores. Não à toa o historiador Sérgio Buarque de Holanda, no seu seu livro “Raízes do Brasil”, lançado em 1936, revelou em primeira mão o perfil predominante da população brasileira, na figura do “homem cordial”.
Quero acreditar que se desde a criação da República, em 1889, o Poder Judiciário viesse cumprindo com rigor o seu papel na sociedade, nossa nação estaria em um patamar mais elevado. Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar de reconhecer que a “República de Curitiba” vem nos enchendo de esperança.
Pois bem, agora, falando “Republica da Cachaça – Vitória de Santo Antão – no que se refere aos atos administrativos promovido pela gestão do Governo de Todos, ao longo dos últimos oito anos, no que se refere ao tratamento com o funcionalismo público, parece que o prefeito Elias Lira ainda continua “cavando o poço” para provar que o mesmo não existe.
Se já não bastasse a perseguição aos concursados, logo nos primeiros meses de 2009, se já não bastasse o corte das gratificações e reduções de até 20% nos salários, se já não bastassem demissões em massa, logo após os pleitos eleitorais e à reedição do trabalho semi-escrevo na cidade – ao passo que muitos funcionários foram obrigados a trabalhar sem receber salário para “segurar a vaga”- o prefeito Elias Lira resolveu, agora, NÃO PAGAR AOS FUNCIONÁRIOS EFETIVOS E APOSENTADOS.
Essa, portanto, foi a informação que recebi hoje pela manhã, dos funcionários que estão OCUPANDO as dependências internas do prédio da prefeitura em forma de protesto por conta do não pagamento do décimo terceiro e o salário de dezembro (2016), assegurados por Lei e previsto em recente acordo, realizado entre a prefeitura e os sindicatos que representam a categoria.
Em conversas informais, contudo, algumas funcionárias demonstraram indignação. Falaram que só irão desocupar o prédio após os respectivos pagamentos. Eis ai, portanto, um exemplo de que no mundo da política e no submundo dos políticos “o fundo do poço” é algo que não existe, pois, como já falei, os políticos continuam cavando, cavando e cavando p “fundo do poço”…… Aliás, não custa nada lembrar que até pouco tempo – na mais recente campanha eleitoral – falava-se a todos pulmões: “Vitória está passando pelo seu melhor momento“. Imagina se num tivesse?