Há mais ou menos quinze dias, aqui na Praça Leão Coroado, bati um alongado papo com o vereador reeleito, Novo da Banca. Aliás, gravamos até um vídeo que foi postado no nosso jornal eletrônico.
Na ocasião o cardápio principal da nossa conversa fez referência direta à eleição da mesa diretora da Casa Diogo de Braga – biênio 2017\18 – que acontecerá na tarde do dia primeiro de janeiro de 2017.
Aparentemente o Novo da Banca me transpareceu seguro quanto ao consenso em torno do seu nome para ser eleito o próximo presidente da casa. Falou do interesse do prefeito eleito Aglailson Júnior em seu nome e disse que já havia conversado individualmente com todos atores envolvidos na disputa.
Neste contexto, não custa nada lembrar que em 2012 o Novo da Banca, antecipadamente, também foi o escolhido como “presidente” da casa. Mas numa manobra de bastidores, na hora “H”, ele acabou saindo de cena. Segundo informações o prefeito Elias Lira, juntamente com alguns vereadores, em articulações “subterrâneas”, deram-lhe uma rasteira. O eleito foi o vereador Edmo Neves, apesar do mesmo nunca ter creditado sua vitória ao interesse direto do chefe do executivo.
Na atual situação – com dezenove vereadores – uma “virada de mesa” não é tão simples assim. Aliás, no início do mês de novembro, o vereador eleito Mano Holanda rechaçou à ideia de “interferência do Poder Executivo na eleição da mesa diretora da casa”.
Recentemente, em duas ocasiões, conversei com o articulado vereador eleito, André de Bau – filho do atual presidente da Câmara, Bau Nogueira – sobre o assunto. Em nenhum momento ele confirmou que já havia o consenso em torno do nome do vereador Novo da Banca, apesar de reconhecer que o mesmo tem qualidades para tal.
Contudo, diante da falta de clareza de alguns atores envolvidos nesse processo o vereador Novo da Banca estar correndo o risco de “morrer na praia” novamente. Ou seja: no dia da eleição aparecer “um candidato surpresa”, como ocorreu da outra vez (2012).
Como observador da cena política local, acho que numa eleição para presidente da câmara tudo pode acontecer. Existem muitos interesses no entorno dessa disputa. Mas, neste contexto, pelo menos um trunfo está na mão do vereador Novo da Banca, ou seja:
Caso o próximo presidente eleito não sejá o vereador Novo da Banca, o prefeito eleito Aglailson Junior já começaria seu mandato com uma RETUMBANTE DERROTA, pois “nos corredores do mundo político” o prefeito que não consegue articular a eleição da mesa diretora da casa legislativa, já começa mostrando fraqueza e insegurança.
Portanto, desde já, a sorte está lançada: SERÁ QUE O PREFEITO ELEITO, AGLAILSON JUNIOR, TERÁ FORÇA POLÍTICA PARA ELEGER O SEU CANDIDATO OU SERÁ QUE OS VEREADORES MAIS TARIMBADOS É QUE TEM MAIS PRESTÍGIO NO PLENÁRIO DA CASA?