Acompanhado do meu filho Gabriel assisti, na noite da quarta (29), a final da Taça Libertadores da América, na qual o Grêmio sagrou-se campeão. Entre essa conquista e a última da equipe gaúcha, do mesmo certame, lá se vão vinte e dois anos. Lembro exatamente da primeira conquista e à partida final, em 1983, entre os times do Grêmio e do Penãrol (equipe uruguaia). Nesse jogo, aliás, o atual técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, recebeu cartão vermelho e foi expulso de campo.
Pois bem, sem ter nada haver um fato com o outro, hoje, 1º de dezembro de 2017, foi o dia escolhido para deixar de circular o jornal, na versão impressa, do Diário Oficial da União. O mesmo já chegou a circular com noventa mil exemplares. Atualmente seis mil já cumpria bem a mesma função. A Lei imperial (1177) que instituiu o referido instrumento, que dava publicidade aos atos do governo, foi de 9 de setembro de 1862 – há 155 anos.
Pois bem, esses dois acontecimentos, aparentemente sem qualquer relação entre si, ocorridos essa semana, me fez refletir sobre o papel da internet na sociedade contemporânea e na sua aplicação na sociedade, sobretudo no comportamento das pessoas.
Os jornais de papel, diferentemente dos livros, está fadado ao desaparecimento. Isso é fato!! Quando inventado por Gutenberg, no final do século XV (1468), o mesmo (jornal -imprensa) foi um dos elementos do chamado “tempos modernos”. Mesmo com 90% da população analfabeta, naquela ocasião, o jornal impresso foi um instrumento de muito impacto social. Passados cinco séculos da sua criação a logística da distribuição, o tempo entre o fato e a impressão da notícia, assim como o custo da sua produção estrangulou o negócio e, infelizmente, os jornas impressos estão agonizando nos seus últimos suspiros.
Na outra ponta, ao ver os atuais jogadores dos Grêmio Futebol Clube porto alegrense vibrando e dialogando com seus fãs, através da tela dos seus respectivos aparelhos celulares, sem dá “muita bola” ou preocupa-se com os repórteres das TVs abertas, bem diferente daqueles jogadores do título de 1983, onde a televisão era detentora exclusiva da transmissão da imagem “ao vivo”, constatei, definitivamente, que existia um modelo de “mundo” antes da internet e o outro que surge, doravante, em função das múltiplas possibilidades nos relacionados entre os viventes, dessa verdadeira aldeia global.
Os dois fatos aqui citados, na verdade, como já falei, não tem ligações entre si (Vitória do Grêmio e Diário Oficial da União), mas, se bem observados pelas lentes sociológicas , revelam uma nova relação que nos inclina a refletir e pensar: PARA QUAL LUGAR A INTERNET ESTÁ NO CONDUNZINDO?