Com o título “Os guardiões dos desamparados”, o Diário de Pernambuco do domingo (25), no caderno religião, página 4.9, destacou nomes de voluntários da Pastoral Carcerária de Pernambuco. “Fazer o bem sem olhar a quem”, esse é o lema!
Nesse contexto o nome do nosso conterrâneo e amigo, Valdomiro Cruz, foi destacado. Assim sendo, aproveito, para republicar a matéria que postamos em novembro de 2015, na qual, em virtude de um encontro casual, na Praça de alimentação do Vitória Park Shopping, tomei conhecimento da sua profícua atuação. Portanto, segue, abaixo, na integra, matéria postada no nosso Jornal eletrônico.
Valdomiro Cruz: um exemplo de solidariedade humana e compromisso cristão.
No sábado (14) resolvi assistir, no Cinema do Vitória Park Shopping, a mais nova película cinematográfica do “imortal” agente inglês 007. Do filme, não adianta comentar, tem que “vê com os próprios olhos”. Como de costume é mentira pra se lascar…
Pois bem, dentro dessa programação aproveitei também para almoçar na Praça de alimentação do Centro de Compras. Por lá várias pessoas conhecidas. Com a barriga “cheia” e com tempo de sobra para o início do filme, acabei batendo um alongado papo com o amigo Valdomiro Cruz.
Valdomiro é um sujeito aplicado. É um cidadão ciente dos seus deveres e obrigações em todos os contextos, sobretudo no convívio da sociedade em que habita. Apesar do seu aparente jeito “durão” ele é um agente praticante da solidariedade humana.No nosso casual encontro falamos um pouco de tudo, além do mais, ele é um cara atualizado com às últimas noticias. Mas é sobre uma história envolvendo um presidiário, da unidade carcerária da Vitória e as respectivas autoridades locais constituídas – Juízes, Promotores, Secretários Municipais – que resgistro, abaixo.
Falou-me Valdomiro, que atua na Pastoral Carcerária daqui da Vitória, das dificuldades e preconceitos que passam os apenados. Recentemente, exemplificou ele, que um homem, com pouco mais de quarenta e cinco anos, precisou de um atendimento médico de urgência, face a uma hérnia inguinal gigante e, sentiu na pele, que boa parte das autoridades desconhecem seu status de SERVIDOR PÚBLICO e, sobretudo, à essência da vida humana, devido ao extrato social em que vive o doente.
Neste caso em tela, devo dizer: se não houvesse ocorrido a atuação da Pastoral Carcerária, em particular à ação pontual e cristã do amigo Valdomiro Cruz, com toda certeza, este homem havia morrido em função da invisibilidade das pessoa humanas que são “desprovida” de cidadania.
Neste caso, com final feliz, já que a solução chegou após uma decisão judicial e o homem já se encontra sadio da patologia acima citada, podemos dizer que a nossa sociedade “civilizada”, sobretudo àqueles que deveriam dá o exemplo (autoridades), ainda se encontra muito distante do razoável.
Deixo aqui, portanto, um reconhecimento em nome de toda sociedade vitoriense – que não tenho a legitimidade de representar – para a Pastoral Carcerária e, em particular ao amigo Valdomiro Cruz, pelo elevado sentimento cristão. Às autoridades, que agiram neste caso, na ordem inversa dos procedimentos basilares para a construção de uma sociedade menos injusta e mais fraterna, fica, contudo, a nossa cobrança: ERRAR É HUMANO, PERMANECER NO ERRO É MALDADE (não é burrice).
Exemplo extraordinário do Evangelho vivo. Saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. Valdomiro leva a mensagem de Jesus Cristo ao pé da letra. Parabens irmão.