Vejo, de minhas janelas,
três coqueiros, que beleza!
parecem três sentinelas,
no Templo da Natureza.
Bençãos de Deus! Ano Novo!
Sossego, Luz e Bonança;
– Não perca, amigo, na vida,
a semente da esperança.
Um dia, vi uma estrada
algumas rosas de luz…
ouvindo, do Alto, esta voz:
– por aqui passou Jesus.
O avarento, sem bondade,
vive pobre na riqueza,
e quando chega o seu fim
morre rico na pobreza.
Os que passam pelo mundo,
sem amor, sem alegria,
são fugitivos da Fé,
numa triste romaria.
Célio Meira
De “Migalhas de Poesia”
(do livro: ANTOLOGIA DA POESIA VITORIENSE – Júlio Siqueira – 1843-1993 ANO DO SESQUICENTENÁRIO DA VITÓRIA – PÁG 55)