Hoje pela manhã ao transitar pelo centro da nossa cidade, Vitória de Santo Antão, da maneira mais primitiva, observei, com tristeza e uma certa indignação trabalhadores retirando moveis e utensílios do prédio que funcionava uma unidade da Rede de Farmácia Big Bem.
À tristeza, naturalmente, é saber que mais uma empresa está fechando. Saber, também, que mais de mil pessoas em Pernambuco perderam seus respectivos postos de trabalho, uma vez que existiam 64 unidades da marca no nosso estado que, simultaneamente, encerraram suas atividades. Em outros estados, empresas vinculadas ao mesmo grupo – Brasil Pharma – também baixaram suas portas. Segundo informação da grande mídia, todo esse processo tem haver com a Operação Lava Jato.
Já à indignação, por assim dizer, tem como ponto de partida à destruição de mais um prédio histórico da nossa cidade. Não sejamos ingênuos: o progresso imobiliário draga tudo!! Em um curto espaço de tempo já perdemos o prédio do Hotel Fortunato, a Praça Duque de Caxias, casas com arquitetura que nos remetem a séculos passados e, ao que tudo indica, estamos prestes a perder de vez o que nos resta do imponente Mercado da Farinha.
Os tempos são outros! Diferente de antigamente, onde, entre nós, não existia, de fato, a cultura da preservação da memória, através dos prédio públicos e particulares, por exemplo, hoje, já temos legislação e mecanismos governamentais exclusivamente para cuidar e proteger esses espaços.
Infelizmente, nessa questão, nossa cidade continua andando para trás. Entra prefeito, fica prefeito, sai prefeito e nada muda…….Eis aí, portanto, um recente exemplo, de que as coisas poderiam ser bem diferentes. Agora ficamos todos mais pobres: nem Farmácia Big Ben (com prédio moderno) nem a memória viva do prédio do antigo Chalé. Ou seja: NEM MÉ, NEM CABAÇA!!!
Concordo com você, Pilaco. Somos tomados por tristeza e nostalgia. Nem empregos, nem a preservação do patrimônio histórico.
Considero todo este caos em minha cidade como “vindita”.
Não deveriam, entre muitos, terem demolidos o chalé nem o sobrado da dona Chiquinha (miudeza).
Estas bagagens patrimoniais demolidas, entre muitas outras, como o chalé , o casarão da d. Chiquinha(miudezas) são amputações de membros da nossa alma ufanista municipal.