No último sábado, dia 05 de maio de 2018, se estivesse vivo em carne e osso – algo que sem lógica – o teórico político, jornalista, filósofo, economista, historiado e líder revolucionário, Karl Marx, estaria completando 200 anos. Nascido em Tréveris (Alemanha) ,Marx morreu aos 65 anos, em Londres (Reino Unido).
O estudioso alemão é uma fonte inesgotável de novos conhecimentos. Idolatrado ou questionado, convenhamos, de fato, ele é muito pouco estudado. Aqui e acolá, existem pessoas prontas para “explicar” sua obra, sem nunca, ao menos, haver dedicado algumas horas de leitura sobre suas ideias e seus livros.
Não é um ato de prudência emitir analise sobre fatos e/ou vultos do passado sem levarmos em consideração o contexto histórico em que se deram os acontecimentos e seus respectivos feitos/efeitos. Para o leigo, que equivocadamente traça uma juízo de valor aos mesmos, levando em consideração apenas o conjunto normativo atual, o mesmo, inevitavelmente, estará incorrendo no chamado anacronismo histórico.
Karl Marx foi um sujeito antenado, atualizado, visionário e, ao mesmo tempo, realista. Ele se contrapôs ao novo modelo de “escravidão”, imposta pelo capitalismo sem cabresto, impulsionado pela surpreendente Revolução Industrial. Se hoje Karl Marx ainda é o pensador mais estudado é porque suas ideias continuam servindo de contraponto ao que está posto. É bem verdade que com as novas tecnologias, daqui pra frente, nada será como antes.
Em se tratando do Brasil atual, onde temos um debate político estreito e binário, em que nada contribui para sairmos desse buraco em que estamos atolado, atribuir ao revolucionário pensamento do Marx, ações de pouca monta e até selvagem, promovido pelos grupos políticos corruptos que tenta lhe “representar” é, sem sombra de duvidas, apequenar a memória do inesgotável Karl Marx. Apenas um conselho aos comentaristas políticos de plantão: antes de falar sobre um dos mais brilhante pensadores do mundo acidental, sugiro uma leitura dinâmica ao seu robusto legado à civilização moderna.