A democracia, ao pé da letra, até hoje, só existe no papel. Na verdade, por enquanto, o povo não exerce integralmente o poder que lhe é “outorgado”. Muito pelo contrário são os poderosos que, em nome do povo, manipula as massas. Evidentemente que esse grau de interferência popular nos destinos de cada nação, variam de lugar para lugar. Quanto mais o povo for esclarecido menos tirania há de existir, ou seja: menos poder verticalizado, na direção dos menos favorecidos. De maneira geral, é isso que ocorre no mundo atual.
Atualizando-me com o noticiário nacional deparei-me com algumas noticias relacionadas com a corrida presidencial brasileira. Recentemente em grande evento voltado ao segmento do campo, ocorrido no entorno da capital federal, Brasília, figuras que estão na chamada pré-campanha marcaram presença.
Um deles, com ideias mais à direita, sinalizou que, caso seja eleito, iria distribuir fuzis para os homens do campo. Já outro, que expressa ideias mais “do centro”, prometeu, caso chegasse a subir a rampa com a faixa presidencial no peito, distribuiria tratores: “o que o produtor rural precisa é produzir”, justificou ele.
Nesse noticiário, porém, não havia nenhuma alusão à presença de algum presidenciável filiado em partidos com doutrinas à esquerda, muito menos alguma opinião nessa linha. Certamente, se houvesse, a mesma caminharia no sentido contrário as duas opiniões postas anteriormente.
Essas, portanto, são algumas das belezas e delicias do sistema de governo democrático. Certa vez se expressou a rainha do pop, Madona: “Não imponho nada, apenas mostro meu estilo”.