Momento Cultural: Augusta Ladainha (poesia) – Por Darlan Delarge

Cantou ao tamarindo de sua vida,
sonetos da putrefação do homem
no âmago intestinal que o consolida
dizia coisas que por dentro consomem.

Me vi junto a vermes, corvos, carneiros…
seguindo um fantástico caixão,
Celebrando a chegada do poeta coveiro
que cavava dos sepulcros a bela Canção:

“Foi assim como na sua profecia:
morreu aos trinta de pneumonia.
Enfermo, então veio a perecer.

Mas o contrario de teu corpo, poeta,

aquém dedico minha Litania,

os teus versos hão de nunca apodrecer.”

Darlan Delage – Poeta “Os Confundidos”.

 

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