Por ocasião da comemoração do centenário de nascimento do santonense Aloísio de Melo Xavier, estamos postando trechos de uma entrevistas dele, concedida ao jornalista João Álvares e publicada no Jornal da Vitória.
Sua nomeação para desembargador foi aguardada pelos conterrâneos com muita expectativa. Inesperadamente o senhor requereu aposentadoria da função de juiz de direito, encerrando suas atividades na magistratura, deixando tristes e frustrados os inúmeros amigos e admiradores.
– Sempre entendi que o magistrado, no cumprimento dos seus misteres, deve ser uma pessoa independente, jamais se submetendo a influência ou pressões quaisquer. A independência do magistrado é o penhor mais seguro para que cumpra os seus deveres. Um juiz não pode receber favores ou solicitações a quem quer que seja. A consciência do juiz deve ser reta, jamais se desviando do exato cumprimento do seu dever. É mais valioso o magistrado que exerce modestamente suas funções do que outro ministro do mais elevado tribunal do pais e que atue ao sabor dos políticos influentes.