Em tempos de Copa do Mundo falar em eleição é quase um pecado. Pois bem, no último final de semana os eleitores do estado do Tocantins foram obrigados a comparecer às urnas para decidir – em eleição suplementar – o governador da província. Por lá, o Mauro Carlesse (PHS) bateu o opositor (Vicentinho Alves – PR) com folga: 75,14% contra 24,86% foi o resultado final.
Mas, na qualidade de observador da cena política, alguns números chamaram minha atenção. Pela primeira vez na história do referido estado à soma dos votos brancos, nulos e abstenções foi maior que o total dos sufrágios hipotecados nos dois candidatos finalistas do segundo turno.
Se os políticos do Brasil inteiro já estavam desconfiados do mau humor dos eleitores, com esse resultado, ocorrido no estado do Tocantins, doravante estarão convictos de que o maior desafio do próximo pleito – outubro próximo – será despertar no eleitor a vontade de votar em algum “filho de Deus” desse, que se apresente como “alma boa”………
Não precisa ser nenhum cientista social para saber que o nosso sistema político já cansou. Entre outras mudanças, já se faz necessária, há décadas, acabar com essa ideia que o voto é um direito, e começar a faculta-lo. Ora!! Como pode o eleitor ser detentor de um direito cujo o mesmo ele não pode abrir mão sem ser penalizado? Tá na hora de “virar o disco”!!!