Assim como a mulher, o homem sempre sofreu carência. Carência não tem gênero. O que existe é preconceito. Por exemplo: a mulher não pode manifestar sua SEXUALIDADE nem sua AGRESSIVIDADE. É considerada safada e masculinizada. O homem não pode manifestar sua AFETIVIDADE nem o seu MEDO. Quando um homem manifesta o MEDO de perder a mulher por quem sente AFETO é considerado CARENTE. Isto é preconceito.
Bom salientar que homem carente merece mulher AMOROSA, BONDOSA, MISERICORDIOSA, não mulher ODIOSA, aproveitadora da fragilidade humana. Depois, mulher CARINHOSA + homem CARENTE só pode resultar em CARINHO. E troca de carinhos e carícias é uma delícia. Todos ganham.
Um homem carente, solitário, abandona-se, afoga-se na bebida. Sente vergonha de revelar seu sofrimento. A mulher, em geral, bota pra fora, grita, procura um médico, chora, fica esperneando. Porque mulher não é condenada por revelar sofrimento.
Em resumo, há sempre alguém carente e solitário à procura de apoio e carinho. O ideal seria que se encontrassem. Não sei se campanha, talvez, funcionasse. Centro de Encontro de Pessoas Carentes.
Sosígenes Bittencourt