O recente incêndio no Museu Nacional, ocorrido no Rio de Janeiro, deixa-nos, sob todos os pontos de vistas, empobrecidos. Com mais de 20 milhões de itens no seu acervo, com peças valiosas de toda espécie, o espaço não só preservava a história da formação nacional como também contava um pouco da evolução da espécie humana, através do povoamento das terras americanas.
A destruição de um acervo nessa proporção é algo que não se tem como calcular. Só quem poderá mensurar essa catástrofe, com certa precisão, serão os estudiosos, pesquisadores e historiadores das gerações vindouras. No momento não há muita coisa para se fazer: é trabalhar para salvar e preservar o que sobrou.
Para um País pobre como o nosso, no que se refere à memória e à preservação histórica, um fato dessa magnitude nos apequena ainda mais aos olhos da comunidade internacional. Temos estádios de futebol moderníssimos (superfaturado), mas não conseguimos tomar de conta da nossa própria história, da nossa própria identidade. É como se um torcedor de futebol cuidasse muito mais da sua camisa da torcida organizada do que o seu registro de nascimento, documentação pessoal e memória familiar.
Na qualidade de brasileiros, infelizmente, ainda somos uma sociedade esquizofrênica! Falta-nos rumo, norte, conceito e etc….. Não obstante, na qualidade de território, sermos “abençoado por Deus e bonito por natureza”, como bem disse Jorge Ben jor.
De resto, resta-nos apenas fazer o que sempre somos obrigados a fazer: acusar a queda, levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima!!!!