Pouca gente sabe, mas Vitória de Santo Antão já teve dois filhos seu que governou Pernambuco – Gustavo Krause e José Rufino Bezerra (1865-1922). Aliás, José Rufino é o nome de uma das vias mais movimentada, hoje, na cidade. Muitos dos moradores do bairro do Cajá e adjacências, inclusive, corriqueiramente, a chamam de “Principal do Cajá”.
Em meio a tragédia que aconteceu no Rio de Janeiro, onde o Museu Nacional ardeu em chamas e sucumbiu um patrimônio cultural e material incalculável, no último domingo (09), o Jornal do Commercio publicou no seu cadernos “Cidades” um breve relato de como o atual governo do estado de Pernambuco vem tratando alguns dos seus prédios históricos e que foram adquiridos no passado justamente sob a égide da preservação.
Dentre os imóveis realçados na reportagem, encontra-se o casarão que serviu de sede provisória ao governo estadual, em 1920, enquanto o Palácio co Campo das Princesas passava por uma reforma. Nessa ocasião o antonense José Rufino Bezerra governava Pernambuco – administrou o estado entre dezembro de 1919 à março de 1922.
O referido prédio, construído em 1912, com detalhes em art nouveau, está localizado no município do Cabo de Santo Agostinho. É assim, aos poucos e com as desculpas de sempre que os nossos governantes seguem administrando nosso patrimônio histórico e enterrando as memórias da gente. Infelizmente a indiferença à história não é apenas a marcar de um governo, parece-nos ser a coluna vertebral do modelo da nossa formação como Nação. Lamentável!!!!