Nos quatro cantos do País, no último domingo (07), ecoou das urnas um forte indicativo de desejo por mudança. Mudar nem sempre quer dizer acertar. Mas, ao que parece, o Congresso Nacional foi reconfigurado. Políticos, antes, senhores da situação, doravante na sarjeta do ostracismo e do esquecimento. É a vida! A fila anda, dizem os mais jovens…..
Na nossa Vitória de Santo Antão alguns “gritos” dos eleitores também saltaram das urnas, nesse domingo eleitoral. No tocante à liderança dos três principais grupos políticos na nossa cidade – Aglailson, Elias e Henrique – algo nos pareceu nítido quando observamos à votação alcançada, na nossa cidade, pelo governador Paulo Câmara, candidato à reeleição.
Por um acanhado percentual o governado foi reeleito no primeiro turno. Algo em torno de 45 mil votos, num universo de mais de seis milhões e meio em todo estado. Ou seja: 50,7% dos votos. No recorte eleitoral da Vitória de Santo Antão, o percentual do governador foi um pouco maior: 52,12%.
Pois bem, esses números, no meu modesto entendimento, por si só não quer dizer muito coisa. Poderíamos até dizer que na “Terra das Tabocas” o governador Paulo Câmara saiu-se até melhor que na média estadual. Isso é fato!
Mas se fizermos uma leitura mais apurada, aprofundada e tecnicamente isenta, levando em consideração que os três grupos políticos mais importantes da nossa cidade – Aglailson, Elias e Henrique – hipotecaram apoio público à reeleição do governador Paulo Câmara, logo constataremos que a nossa Vitória de Santo Antão encontra-se com um enorme déficit de lideranças.
Basta dizer que quase 70% do eleitorado da Vitória de Santo Antão NÃO ACOMPANHOU A INDICAÇÃO DOS CHEFES POLÍTICOS LOCAIS. Isso apenas prova, por “A” mais “B”, que nossa cidade está precisando de uma forte oposição em nível estadual, que possa questionar os desmandos e a indiferença da atual gestão com a população local.
Portanto, podemos dizer com segurança que essa continuidade na gestão do PSB no Palácio do Campo das Princesas não foi e não será benéfica para a nossa pólis. É, SIM! Por demais, positiva para os caciques locais que não precisam se preocupar em cuidar, como deveria, do seu quintal, ou seja: da NOSSA CIDADE.