Desde o processo da redemocratização, com o fim dos 21 anos de ditadura militar, nunca se viu uma eleição de segundo turno tão esquisita. Na qualidade de jovem eleitor ainda guardo alguns lances do “emocionante e marcante” debate, às vésperas do dia da votação, entre os postulantes Lula e Collor (1989). De lá pra cá, imaginava, que a nossa sociedade tivesse amadurecido, para conviver num ambiente democrático.
Confesso que não consigo entender e até soa muito mal aos meus ouvidos escutar alguém dizer que o candidato Bolsonaro, líder absoluto nas pesquisas, está certíssimo em não participar dos debates (previamente agendado) nessa etapa da campanha. Usar a desculpa do seu estado de saúde, no atual contexto, é apenas uma desculpa esfarrapada!!
Independente da preferência de cada eleitor, algo próprio do sistema democrático, devemos entender que a gestão do próximo mandatário central, seja ele quem for, terá impacto na vida de todos os brasileiros, independente da sua escolha partidária e política.
O que no Brasil parece ser um ato de “esperteza” do candidato líder nas pesquisas, Bolsoaro, apenas reforça nossa posição, enquanto nação, de fragilidade e imaturidade, diante do Mundo. Temos um imenso território, uma expressiva população, riquezas naturais e uma forte economia, mas, infelizmente, ainda somos pobres, muito pobres no que diz respeito ao amadurecimento político democrático!!!
Vi, em algum lugar, as frases:
“quem debate com poste é bêbado” e
“se o PT ganhar o Brasil será igual ao PCC: comandado de dentro da cadeia”