O nível médio do eleitorado brasileiro, convenhamos, é raso. Não à toa, o segundo turno das eleições presidências, entre o representante do PT e do PSL, Haddad e Bolsonaro, respectivamente, vem sendo marcado por muita radicalização (denuncias) e pouca produção de conteúdo. No meio desse “tiroteio” o eleitor é induzido ao voto emocional, ou seja: apequena-se o debate ao processo político, algo tão necessário às democracias modernas.
Pensamentos diferentes, múltiplos e até antagônicos são adubos para o chamado “Jardim democrático”. Através do amigo Manoel Carlos – simpatizante da causa monarquista brasileira – tomei conhecimento de um fato histórico, ocorrido nessas eleições, no estado de São Paulo.
Por lá, eleitores, de maneira democrática, sufragaram mais de 118 mil votos na candidatura do tetraneto do Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina, membros da Família Real que em 1859 transformaram nossa Vitória de Santo Antão, por três dias, na capital do império brasileiro.
Trata-se do hexaneto do Rei Dom João VI, o empresário e cientista político, Luiz Philippe de Orleans e Bragança que, após a queda do sistema monárquico em novembro de 1889, passa a ocupar – quase 130 anos depois – um espaço de poder concreto nos trópicos.
Assim sendo, devemos sempre comemorar a democracia. São nesses espaços que temos o privilégio de conviver com todas as correntes de pensamento – de maneira harmônica – mesmo que estejamos vivenciando um momento de incertezas no País. De resto, desejamos ao membro da família real, deputado eleito por São Paulo, Luiz Philippe, sucesso na sua nova empreitada oficial.