Por mais que haja inúmeros interesses em jogo, sobretudo para os que teem capacidade de raciocinar “fora da caixa”, à notícia de que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, nesses primeiros três meses de gestão, tenha sofrido uma retração, de tudo, não é apenas fruto das chamadas “conspirações”.
Eleito basicamente na esteira do mau humor do eleitorado contra o desgoverno e robalheira do PT, a maioria dos brasileiros que hipotecaram voto no “Capitão”, necessariamente, não eram e nunca foram seus “fãs de carteirinhas”. Votaram nele não pelas suas qualidades, mas sim pelo conjunto de defeitos do seu oponente.
Como os principais vetores desse mau humor do eleitorado continuam ativos – economia estagnada e desemprego nas alturas – o votante mantem-se abusado com a classe política, seja ela na esfera federal, estadual ou municipal. Ao que parece esse “clima azedo” do eleitor chegará em 2020 – ano das eleições municipais – em ebulição.
Em nossa Vitória de Santo Antão – que não é uma ilha – não poderia ser diferente. Se bem avaliado, tomando como base a eleição municipal de 2016, um terço do eleitorado da cidade já decidiu que os tradicionais grupos políticos locais – vermelho e amarelo -, antagônicos entre si, mais siameses nas práticas, não servem mais para governar a cidade. Basta imaginar, contudo, que o prefeito Aglailson Junior foi eleito, em 2016, contra a vontade de dois terços do eleitorado antonense. Ao seu favor, hoje, o mesmo dispõe de algum tempo para governar, até do próximo pleito, e uma “caneta com tinta” para mudar a situação.
Com as novas regras eleitorais em vigor, a partir do ano vem, no que se refere à eleição proporcional (vereadores), um novo jogo estar para ser jogado. Sem a permissão dos partidos se coligarem “em baixo” (legislativo), os atuais vereadores, inevitavelmente, perderão autonomia para negociarem “seus votos”. Para “cantar de galo”, como alguns faziam, se faz necessário montar um partido para si, o que convenhamos, não é uma tarefa das mais fáceis. Assim sendo, para os vereadores (de mandatos) garantir-se na disputa serão obrigados a se “engalfinharem” no mesmo partido.
Nesse contexto, porém, candidatos com bom potencial de votos – os chamados “quase vereador” – deverão se alinhar em partidos que não tenham vereador de mandato disputando. Se assim o fizerem – deixando de ser calda –, terão muito mais chance de lograr êxito na disputa. Já para os candidatos que desejam entrar na corrida majoritária (prefeito) – se realmente quiserem participar do jogo eleitoral pra valer – deverão os mesmos se alinhar em uma candidatura única, e com apenas uma chapa de candidatos à Câmara.
Dispersos e fraturados serão meros “candidatos olímpicos”. Essas são as minhas impressões, no cenário de hoje………
bom dia !!!
As duas dinastias -lixo- Queiroz/Alvares devem ser banidas da administração pública urgentemente.