Para manter a linha do “M” no nome das filhas “Dona” Ina e “Seu” Severino resolveram registrar a filha mais nova com nome de Marluce, já que as duas mais velhas haviam recebido os nomes de Maria e Marli, respectivamente. Por questão de saúde – debilitada – a criança recém-nascida (Marluce) fora batizada as pressas.
Pois bem, na hora do batismo, o Padrinho, “Seu” Manoel, resolveu fazer uma promessa à Nossa Senhora da Conceição em função da frágil saúde da afilhada. Na ocasião, resolveu mudar o seu nome – já escolhido pelos pais – para Maria da Conceição Pio das Chagas. Na prática, como o nome de antes já havia sido assimilado por todos os familiares, a menina continuou sendo chamada por Marluce.
No primeiro ambiente social frequentado fora do lar – na escola que funcionava na sede do Cube Taboquinhas (bairro do Cajá) – que era vizinha a sua residência, a Maria da Conceição Pio das Chagas continuou sendo tratada por Marluce. Só foi por volta dos oito anos, ao mudar de escola, na chamada da sala de aula do Colégio Antonio Dias Cardoso, que a menina Marluce tomou conhecimento de que o seu verdadeiro nome não era Marluce. A situação inusitada causo-lhe um certo embaraço e até constrangimento.
Já adulta, a Marluce resolveu adicionar ao seu “apelido” (Marluce) o sobre nome “do Cajá”. Aliás, ela nasceu e se criou no bairro do “Cajá”. Hoje, na qualidade de comerciante e uma das maiores vendedoras da cidade de “kit carnavalesco”, a amiga “Marluce do Cajá” também ficará registrada no projeto Apelidos Vitorienses como uma pessoa que é mais conhecida pelo apelido do que pelo próprio nome.