Por ocasião de uma agenda em comum, ocorrida no último domingo (14), acabei “esbarrando” com o ex-prefeito Elias Lira e o deputado Joaquim Lira. Após os cordiais cumprimentos, mais adiante, acabamos dialogando sobre política. Uma espécie de 360 graus – Assembleia, Paulo Câmara e, evidentemente, o cenário local e eleitoral para 2020.
Diante da inevitável pergunta – quem será dos dois o candidato a prefeito ? – Elias fez de conta que não escutou e saiu de “fininho”. Já o deputado Joaquim arrematou: “é para publicar ou não?” Respondi: você é quem sabe, mas, independente da sua resposta, eu já tenho uma avaliação própria e lhe digo agora: O CANDIDATO SERÁ VOCÊ!!
A resposta dele sobre à possível candidatura não irei reproduzir, por não achar clara e objetiva, no entanto, abaixo, irei reproduzir alguns dos meus argumentos que apontam na direção da sua candidatura a prefeito da Vitória em 2020. Aliás, tudo isso e muito mais eu disse a ele – de viva voz – nessa oportunidade.
Primeiro: Elias já passou dos 80 anos (descendo ladeira ) e o Joaquim, na flor da idade, algo em torno dos trinta e poucos anos. Ou seja: ladeira à cima. Em uma avaliação simples e pragmática, todo investimento eleitoral em Elias Lias é de altíssimo risco.
Segundo: Joaquim está no meio do mandato de deputado estadual. Se não vencer a disputa (2020), continua exercendo a mesma função até 2022, sem nenhum problema. isto é: prejuízo zero, até porque, na atual conjuntura eleitoral, o dinheiro para se fazer campanha vem do chamado “fundão” que, diga-se de passagem, para o próximo pleito o Congresso articula dobrar o valor anterior – calcula-se algo na casa dos três bilhões de reais.
Terceiro: para dar seguimento ao capital político do pai, Joaquim precisa, daqui pra frente, rivalizar com o grupo oponente em todas as situações possíveis, assim como fez o Elias Lira desde quando sentou-se na cadeira de deputado, pela primeira vez, lá em 1999. Isto é: Elias disputou todas as eleições possíveis – 2000, 2002, 2004, 2006, 2008 e 2012 – justamente para não abrir espaço para quem quer que seja no seu grupo. Se em 2016 Elias não disputou e nem apoiou o Joaquim, na ocasião, foi pelo simples fato de haver um impedimento legal. Alguém tem alguma dúvida nesse sentido?
Pois bem, levando-se em conta o atual cenário e se não houver um fato novo (relevante) até lá (2020), não consigo imaginar, por essas e outras questões, que o grupo amarelo tenha um candidato que não seja o deputado Joaquim Lira.
Acho até que para o atual prefeito, Aglailson Junior (candidatíssimo à reeleição), o Joaquim Lira seria o melhor dos oponentes, uma vez que seria deflagrada na cidade – tal qual nas edições anteriores – uma disputa sem conteúdo e não programática, isto é: uma disputa apenas de estrutura e de promessas vazias!!! Algo que, infelizmente, o eleitorado antonense já se acostumou – até quando?
Ao final da nossa conversa e depois de todos os meus argumentos, entramos em outros assuntos. Ele nem disse que eu estava certo nem que estava errado. Lembremos então que para os atores políticos locais, 2020 já está na ordem do dia, no que diz respeito às montagens das chapas partidárias e nos primeiros contatos e acenos aos eleitores.
Vale salientar também, que além dos tradicionais grupos políticos da cidade – vermelho, amarelo e verde – outras lideranças estão se articulando para tentar quebrar esse clima de flá-flú na nossa província. Quem viver verá……
Esse é o rapaz que não gostava de política? Parece que o rapaz tomou bastante gosto pelo negócio, né? É mais um dos mistérios que envolvem o poder.
Esse aí nao ganha nem pra ser sal.
O poder faz o homem esquecer da própria vida que tem