As eleições municipais que se avizinham ganham um contorno de “laboratório”. Nas últimas décadas será a primeira vez que os partidos políticos não poderão celebrar coligação nas eleições proporcionais, ou seja: para vereador. Na esteira do ineditismo, no que se refere ao pleito municipal, também será a primeira com financiamento público. Isso muda em parte à lógica do jogo.
Sem adentrar nos pormenores da lei, até porque são muitos, o jogo visando à disputa para ocupação dos assentos na Casa de Diogo de Braga já começou ser jogado. Se antes, vereadores se davam ao “luxo” de ficarem “sozinho” num partido para negociarem até 44 do segundo tempo, com a nova lei, não será mais assim – no que se refere à eleição proporcional. Agora, cada qual tem que se coser com suas próprias linhas.
Na Vitória, em tese, os atuais dezenove vereadores são potencias candidatos à reeleição no próximo pleito. “Correndo por fora”- por assim dizer – dois deles já anunciaram suas pré-candidaturas ao cargo de prefeito. André de Baú e Toninho. Nesse contexto, porém, os mesmos também já estão se articulando no que se refere ao novo partido – para chamar de seu.
O André, recentemente, deixou-se fotografar, juntamente com companheiros, ao lado do deputado federal André Ferreira – presidente estadual do PSC – Partido Social Cristão. Já o vereador Toninho promete evento, para o dia 23 de agosto, no sentido de anunciar sua mais nova agremiação partidária. Independente do êxito ou recuada dos seus respectivos projetos políticos os dois já demonstram certo espírito de liderança em relação aos demais vereadores.
No que se refere aos demais parlamentares municipais – se não tomarem alguma atitude até o prazo legal – lhes restarão apenas aderir aos partidos dos tradicionais caciques, claro, sem direito a dá qualquer “pitaco”.
Pelo lado do atual prefeito, Aglsilson Junior (PSB), que apresenta um conjunto maior de vereadores aliados, por exemplo, pelo andar da carruagem, a “degola” será grande. Popularmente falando, será “vereador engolindo vereador”. Todos sabem que existe um preço a se pagar por receber os benefícios do poder……Sempre foi assim. Ninguém pode reclamar dessa situação.
Evidentemente que as questões e variáveis que envolve esse complexo jogo não ficam apenas nesses exemplos elencados. Se antes a escolha de um partido para disputar um mandado de vereadores na Vitória já era difícil, para 2020, será ainda mais complexo, sobretudo para àqueles que realmente tem condições de disputar ou renovar o assento no parlamento local. Quem viver verá.
É Andre de bau o vereador fenomenal, como nós diz a música.