Em Vitória de Santo Antão assim como em Pernambuco, no Nordeste e também no Brasil a violência urbana segue em ritmo continuo e crescente. Isso é fato. No governo comandado pelo partido dos trabalhadores, na última década, as facções criminosas, milícias e etc ganharam status de “poder paralelo”, tanto dentro como fora dos presídios.
Nesse ambiente coletivo hostil e insalubre a população embarcou num projeto de endurecimento aos bandidos. Sete meses se passaram e até agora o novo governo não anunciou – nem praticou – nenhum endurecimento ou encaminhamento nessa questão.
Os últimos acontecimentos no presídio do Pará, no qual cerca de sessenta presos foram assassinados – queimados, estrangulados e decapitados – apenas escancara que o setor continua livre de qualquer tipo de controle. Todo mundo sabe que dentro dos presídios quem menos manda no pedaço são os agentes penitenciários.
Bom! Uma expressiva parte da população, os chamados “cidadão de bem” alguns, inclusive, com bom nível intelectual e frequentadores assíduos des templos religiosos, acreditam que os presídios são espaços que NÃO devem receber qualquer tipo de atenção por parte dos governantes, afinal, só vão para lá pessoas que não prestam ou que na verdade nem merecem estar vivas. Em tese, boa parte dos elementos que lá se encontram são incorrigíveis mesmo.
Ontem, após cinco anos tendo como endereço um presídio do Ceará, o camarada foi solto depois da constatação que ele estava lá injustamente, ou seja: por erro da própria justiça. Esse fato, por assim dizer, acende uma luz, isto é: qualquer um de nós, ou até nossos filhos e netos, mesmo sem dever nada, poderão ser jogados lá dentro, e assim passar a ser mais um sujeito “fedorento” daquele conjunto. Assim sendo, fica a pergunta: será mesmo que os presídios do Brasil devem ser abatedouros de seres humanos?
Ser civilizado também é se colocar no lugar dos outros……..