Não sem sentido, nos primeiros séculos da primeira metade do milênio que se foi outro dia, havia a crença de que existia um “grande buraco” no “final” do mar e que “monstros marinhos” engoliam as embarcação, com gente e tudo que estivesse dentro, se os mesmos se aventurassem a desafiar o limite da linha da visão. O tempo passou e aquilo que na história chamamos de período das “grandes navegações” mostrou que todo esse temor não passava de “verdades inventadas”.
Apenas a título de curiosidade realcemos, então, que nesse início do século XXI, nos primeiros passos do terceiro milênio, por assim dizer, já estamos programando turismo em Marte mesmo sem conhecer o universo que existe no fundo dos oceanos.
Pois bem, nas últimas semanas fomos todos impactados pela notícia de mais um desastre ambiental. A bola da vez, por enquanto, estão sendo as praias do litoral nordestino. Além de toda questão relativa à sustentabilidade – tema central quando se fala em futuro do planeta – para a nossa região a faixa de areia, agregada ao tempo firme a ao mar quente, configura-se numa das maiores e mais importantes fonte de renda da população.
Diz um adágio popular: “na guerra do rochedo com o mar quem se lasca é caramujo”. Nessa questão, se bem observado, como quase tudo, o cidadão comum encontra-se num meio de um fogo cruzado de informação. Um jogo de interesse – que só interessa aos políticos e aos negócios que os cercam – tem atrapalhado ainda mais à solução dessa problemática :
Primeiro: o governo federal e as forças armadas não querem admitir publicamente que somos vulneráveis, no que se refere à “soberania territorial”. Ora!! Como é que não se sabe o que acontece nas águas brasileiras? Quantos navios entram e saem das nossas águas? Se já chegaram à conclusão de que o produto tem origem na Venezuela porque, então, não se questionar isso diretamente aos imputados? Tudo isso é muito estranho….
Segundo: diz repeito ao “terrorismo” veiculado na chamada grande imprensa para os riscos de contaminação aos que, voluntariamente, estão ajudando. Ora!! Tenho a absoluta certeza de que é muito mais barato distribuir equipamento de segurança para os voluntários fazerem o trabalho do que se contratar empresas especializadas para colocar a “mão na massa”. Até porque o serviço de limpeza é relativamente simples.
Parece-nos que os gestores das cidades atingidas, juntamente com os respectivos governadores, estão querendo pegar no dinheiro federal – em caráter de urgência – para utiliza-lo de maneira menos rigorosa, em função da calamidade – algo já previsto na lei.
Nessa história, não existe santo. Com boa intenção, apenas os voluntários que, de maneira altruísta, encontram bons motivos para mergulhas nessa cruzada ambiental. Pelo menos, estão fazendo a sua parte na tentativa de deixar um mundo melhor para seus filhos netos…