Ser “Filha de Maria” é ser na terra,
Quase aquilo que os anjos são no céu;
Viver do amor que só pureza encerra
Contemplando a Jesus quase sem véu…
Ser d’Ele irmã, viver ao lado seu
Na intimidade que o pavor desterra;
Dizer: Meu bom Jesus, sois todo meu!
Ao pecado eu declaro guerra.
É possuir dos títulos o mais belo.
É ter, num traço azul, puro e singelo,
Fonte perene de eternal poesia…
Ser “Filha de Maria”, é tanta cousa
Sublime, tanta, que dizer não ousa,
Por ser bem pobre a minha fantasia.
(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 37).