No tempo de eu menino, criança não podia ver sangrar galinha, éramos retirados da cozinha. Muito menos, assistir ao mergulho da falecida no charco do próprio sangue. Deglutir galinha à cabidela, podia, mas nada de explicações culinárias. Só o aroma que exalava da água fervendo sobre a moribunda para depená-la. Hoje, as galinhas são criadas em cativeiro e assassinadas em série, submetidas às carnificinas frias da tecnologia. E a lei só se mete se você atirar num mico-leão-dourado.
Paradoxal abraço!
Sosígenes Bittencourt