Há pouco tempo do Carnaval de 1998, reuniram-se na sede provisória do Museu do Carnaval Maestro Amadeu de Senna, então localizado à Rua Cel. Eurico Valois, nº 26, 1º andar, na nossa cidade, o comerciário Rivaldo Felipe e o historiador André Fontes , para discutir sobre assuntos relacionados ao carnaval vitoriense – de maneira geral. De posse de algumas fotos passaram a observar à criatividade individual do povo que desfilavam vestidos de árabes, de pato guizado, de barbeiros e uma infinidade de fantasias.
No meio de tantas fotos estavam duas figuras que sintetizam tudo o que, doravante, falaremos: A BANHEIRA MÓVEL ( do nosso inesquecível amigo GERALDO LIMA) e o ANJO DO CARNAVAL (uma das figuras mais populares do carnaval vitoriense, MANOEL JOSÉ DE SOUZA, O MIZURA).
A dupla – Rivaldo e André – passou então a discutir com que fantasia iriam brincar o carnaval de 1999. Logo no início pensaram em reeditar uma das antigas fantasias – certa confusão ocorreu -, praticamente ambos queriam sair com a cobertura de MORCEGO (com certeza a figura mais popular dos antigos carnavais, Júlio Mosquito, que desfilava no comando do préstito do Clube Abanadores O Leão). Sem chegar a nenhuma definição, passaram a comentar sobre o filme O NOME DA ROSA. Durante a análise da película surgiu a ideia de levar paz ao carnaval. A vestimenta de monge caiu como uma luva. Seria uma fantasia diferente, criativa, calma…ambos aceitaram. João Francisco desenhou um esboço do traje.
O tempo passou e de repente faltavam apenas três dias para o carnaval – procurava-se, freneticamente, uma costureira. As artesãs estavam bastante ocupadas com outras roupas e sempre recebíamos um “não posso”. Foi quando no Sábado de Zé Pereira Rivaldo Felipe comentou com o amigo Ednaldo Torres sobre os monges. O radialista ficou bastante interessado e o levou-o à costureira Dona Zezinha, que a pedido do Ednaldo se prontificou a costurar a roupa de cinco monges.
Dr. Jorge Marinho, o prof. Luís Carlos, o artista plástico João Francisco, o comerciário Rivaldo Felipe e o historiador André Fontes, assim, puderam então brincar o carnaval de 1999 na santa paz. Salientemos, então, à atitude do nosso amigo Dr. Jorge Marinho, que antecipou o dinheiro para a compra do tecido e a confecção das roupas. Estava então criado A Companhia dos Monges em Folia.
Assessoria de imprensa da referida agremiação.
É isso aí Pilako!!!